quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sobre o cansaço...

    

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma. Até quando o corpo pede um pouco mais de alma... a vida não para! (Paciência - Lenine)

     Ser universitário tem suas dores e suas delícias. Uma das dores responde pelo nome de "final de período". Mas, é um mal necessário, como muitos diriam. 

     Enfim, quando tudo parece acumular (principalmente o cansaço), temos um pensamento aliviante: vai passar....
     Esta é uma filosofia que sempre uso na maioria dos momentos difíceis pelos quais a vida nos obriga a passar. A vida não é um mar de rosas, isso é fato, e mesmo que fosse tem aquela velha história de que “rosas sempre têm espinhos”. Que papo clichê, né? Também acho. Mas, enfim, há uma música que diz que não devemos carregar nenhum peso por gostar “às vezes de um clichê” (Maglore). Mas, é disso que a vida é feita, ora bolas, de clichês. As histórias se repetem. Mudam-se os personagens, muda-se o cenário, mas a essência do enredo continua sempre a mesma.
     Há cinco semestres o meu enredo se repete e eu sempre penso a mesma coisa e costuma funcionar.      
     Sou uma pessoa que nutre uma fé pelo Eterno, uma fé que consegue ser menor que um grão de mostarda, infelizmente, porque a Palavra afirma que se nossa fé for do tamanho de um grão de mostarda nós conseguiremos mover montanhas. Minha fé não tem sido tão grande assim. Não sejamos bobos ao pensar que essa fé faria minhas notas aparecerem azuis no Sapiens (sistema de notas da minha universidade) sem eu ter que escrever uma linha para tal (para Ele tudo é possível, mas Ele detesta gente preguiçosa). Mas, eu acredito que, se minha fé fosse do tamanho do tal grão de mostarda, eu não estaria tão ansiosa, tão preocupada. Estaria correndo atrás? Com certeza! Afinal a fé sem obras é morta, ou seja, acreditar em algo e não correr atrás é inútil. Mas eu estaria dormindo melhor, me divertindo mais, relaxando mais... Isso encaixa no que eu disse a uma amiga hoje: ataques de nervos são necessários!
     Estranho pensar assim né? Também acho, afinal de contas não faz muito sentido, porque só piora o que já está ruim (outro clichê pessimista: o que está ruim pode piorar). Mas às vezes nos sentimos culpados por não nos preocuparmos tanto com algo, nos sentimos displicentes e irresponsáveis. É bom ficarmos super nervosos, porque, ao respirar e juntar tudo que você espalhou pelo chão, a ficha cai e daí você percebe que não adiantou absolutamente NADA você surtar, que tudo continua ali, esperando você se recompôr, tomar uma atitude adulta e encarar o problema de frente.
     Não tiro aqui o auxílio do meu Deus, porque são nesses momentos que o que Paulo disse faz sentido: “quando sou fraco, aí é que sou forte”. Porque, só no momento que percebo que meu tempo é inversamente proporcional à quantidade de coisa que tenho pra fazer, é que percebo que sou fraca. Pobre de mim de achar que conseguiria fazer isso sozinha.
     É isso aí... Mesmo estando com mil e uma coisas pra fazer eu precisava dizer isso. Foi bom. É bom quando você escreve e entende o que é aquele monte de pensamento desgovernados na sua cabeça.
     Um professor emanou um rio de sabedoria hoje na aula e falou tanto do que eu precisava ouvir. Foi tão bom. São nesses momentos que eu acredito que Ele fala comigo. Ele fala pela Bíblia? É lógico que fala! Mas às vezes eu estou tão preocupada em fazer artigos, fazer relatório, estudar para as provas, que Ele pensa “ela precisa saber disso, mas não para pra falar comigo, vou usar alguém que ela escuta e vou dizer tudo que eu quero”. Esse mesmo professor disse que não estamos em um lugar por acaso e muito menos nos encontramos com as pessoas por acaso. Concordo com você, professor. Eu não estava ali por acaso, você não disse aquilo por acaso e não é por acaso que eu precisava ouvir.
     Obrigada Pai, por demonstrar sua preocupação e seu amor em cada detalhe, principalmente quando eu não mereço.
     Estou cansada? Muito! Mas em paz, porque eu sei que Ele é por mim.