terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Resenha | Branca como o leite, vermelha como o sangue




“O amor não existe para nos fazer felizes, mas para nos demonstrar o quanto é grande nossa capacidade para a dor”

Bom, esse livro tem um toque especial, diferente de quase tudo que já li. Ele tem, digamos assim, uma filosofia um tanto quanto suave e forte ao mesmo tempo. Ele é um livro que vai da dor e passa para a paz de uma maneira rápida e sutil.
Leo é um adolescente que faz o que é normal para os adolescentes: toca sua guitarra, detesta escola, adora o futebol e está apaixonado. Mas, é essa paixão que o torna diferente dos demais. É essa paixão que faz com que ele declare: "Nasci no primeiro dia de aula, cresci e envelheci em apenas duzentos dias". O primeiro amor de Leo o fez um homem. Um homem que ainda tem muito no que amadurecer, mas o fez homem.
O seu sonho tem nome: Beatriz. Uma linda garota que desperta dentro dele uma vontade de viver impressionante. Até que ele descobre que ela está com leucemia... Então, Leo vê seu mundo desmoronando, e tem apenas um lugar no qual pode se refugiar, seu ponto de paz, o seu “azul”, sua melhor amiga Sílvia. Sílvia é alguém que desperta as melhores coisas em Leo, mas falta alguma coisa, algo que só Beatriz tem.
Em meio a essa tempestade que se tornou a vida de Leo, surge um professor. Leo o intitula de “Sonhador”, alguém que tem o poder da palavra, o poder das letras, tem um tato com os adolescentes incrível, e que às vezes direta ou indiretamente ajuda Leo a atravessar esse vale, que no caso é a sua vida.
Esse romance nos faz navegar. Faz com que vivamos aquela realidade, que é amarga, mas é doce ao mesmo tempo. É compensador deliciar cada palavra, sonhar junto com o Leo e refletir a cada frase.  Essa história nos faz crescer e nos ajuda a ver que a solução pode estar do nosso lado, é só olhar um pouquinho para os detalhes para perceber que tudo sempre valeu a pena.

"Se você[Deus] me fez fechar os olhos, é para que eu esteja mais atenta quando os reabrir.”

Para informações técnicas do livro, visite a sua página no skoob: http://www.skoob.com.br/livro/174265

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sobre as bailarinas


O balé sempre me fascinou. Eu guardo comigo uma vontade muito grande de dançar balé. Acho que por isso desenho tanto as bailarinas. A verdade é que eu não o vejo como uma simples dança ou como simples movimentos sincronizados. Vejo o balé como vejo a vida. A vida não é fácil. Ela é cheia de desafios e dificuldades. Muitas vezes precisamos nos esticar para alcançar objetivos, precisamos abrir mão de certos luxos para um bem maior, e precisamos nos dedicar muito, muito mesmo para chegar onde queremos. Tudo isso com uma dose extra de muita disciplina.
Comecemos então a análise pelos pés. Os pés de uma bailarina são feios, sofridos e machucados. Mas eles se movimentam com uma agilidade incrível e se alongam de maneira sublime. Para tornar os pés “menos feios” temos as belas sapatilhas de cetim que embelezam e encantam. Assim também é o nosso coração: tantas vezes ele foi ferido por alguém e chegamos a crer que não suportaremos tamanha dor; mas eis que surge a alegria ao amanhecer, o dia renasce e ganhamos a nossa sapatilha de cetim. A sapatilha de cetim muda as coisas, camufla toda a dor e ressentimento. Ela pode ser um tímido “Eu te amo” que você ouve da sua mãe ou um sorriso contagiante que você recebe do seu filho. Ela pode ser um abraço que você ganha do seu namorado. Ela pode ser um “bom dia” que você recebe de alguém que nem sabia que notava sua existência.

A bailarina tem acima de tudo a disciplina. Ela vê o balé como a sua vida, como a sua essência, e se dedica a isso. Ela sabe quem é e o que veio fazer no mundo. Ela não veio a passeio. A bailarina veio ao mundo cheia de objetivos, sonhos ou metas, chame como quiser, mas ela sabe o que precisa ter para alcançá-los: disciplina. Não é simples adaptar isso a nossa vida. Não significa que somos obrigados a levar uma vida rígida, cheia de regras ou sem nenhum lazer. Muito pelo contrário. Devemos então levar uma vida saudável, com bons hábitos, com sorrisos verdadeiros, algumas lágrimas para regar nossa fé e pessoas que nos impulsionam a seguir em frente e crescer. A vida deve ser levada menos a sério. Mas, como levar uma vida despreocupada e disciplinada?

É aí que a bailarina entra com uma lição importante: o equilíbrio. É preciso estar com o corpo e a alma limpos e leves. Não devemos guardar mágoas de alguém que nos feriu, devemos liberar o perdão. Muita gente acredita que liberar o perdão é difícil ou que isso significa amar a pessoa que te magoou. Não é bem assim. Liberar perdão significa deixar a pessoa “ir”. Não pensar mais nela, tornar-se indiferente. Liberte-se dela. Esqueça-a. E viva. Sinta. Chore. Sorria. Dance. Dance conforme a música, dance com alegria, dance com a alma. E você simplesmente achará a beleza que transcende a dor, a felicidade que se une à disciplina e o equilíbrio essencial para ser feliz.






Giovana Berbert



quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Resenha | Cante para eu dormir


       Eu já namorava o livro “Cante para eu dormir” há meses. Adorei a capa, adorei a sinopse, adorei o título. E para completar a lista de adjetivos da pré-leitura, o livro me foi dado por meu grande amigo, Yago Oliveira. É claro que o livro já tinha todo um significado emocional para mim, porém, como se não bastasse, ele me arrancou lágrimas, daquelas lágrimas profundas, que você se sente a personagem e precisa sofrer por ela.

       Ficha Técnica:
- Título Original: Sing me to sleep
- 240 páginas
- Sinopse: Cante para eu dormir revelará a dura realidade da vida, a energia firme da amizade e mostrará que o verdadeiro amor transcende tudo. O livro conta a história de Beth, uma garota que sofre bulling e passa toda sua infância sendo rejeitada por sua aparência. As únicas pessoas a aceitá-la são sua mãe e seu melhor amigo, Scott. Mas tudo isso fica para trás quando ela é convidada para ser a vocalista do coral da escola e recebe a transformação que lhe dará a oportunidade de conhecer um amor que vai além de tudo, até mesmo da própria vida. Derek é tão lindo, tão doce, tão fantástico que Beth acha que não merece, mas quer experimentar, mesmo estando á milhas de distância. Porém, existem segredos não revelados entre eles. A história reúne as mais profundas emoções humanas: decepções, tristezas, alegrias, amores e paixão, muita paixão, que ficará gravada em cada coração por muito tempo, mesmo depois do término da leitura.


A história começa de uma maneira que toda garota já se sentiu: a patinha feia. Com a Beth, nossa protagonista, o termo foi mais intenso. Ela se sentia “A fera” além de ter sofrido bullying durante anos, ela foi machucada por seu pai, e guardava em si grande mágoa dele.
Havia seu amigo, o Scott, aquele amigo ‘nerd’, companheiro e irmão que toda menina sonha em ter, porém Beth o estava vendo de forma diferente, mas não se permitia pensar assim, pois Scott precisava de uma namorada, não de uma “Fera”.
A música sempre estava presente na vida de Beth, a música era sua alma, sua respiração, seu tudo. E foi através da música que ela conseguiu a transformação, não se sentia mais “A Fera”. Não por fora. Mas ainda se sentia assim por dentro. Até conhecer Derek...
Derek era perfeito. Derek era um mistério. Derek era um sonho. Beth não se permitiu ao sentimento por Derek de imediato. Ainda guardava traumas dos quais somente ela era capaz de superar. Derek era lindo, portanto devia ser cruel, ao ver de Beth. Porém, com o passar do tempo ele foi se mostrando gentil, um verdadeiro cavalheiro, que Beth nunca se daria ao luxo de sonhar nem na sua mais remota fantasia.
Mas havia Scott, havia o medo e havia tantos segredos que deixavam Beth insegura, porém com aquele abraço e aquele beijo Derek a ganhou. E Beth o desejou. Desejou ardentemente. Mas, a dúvida que povoava os pensamentos de Beth: Será que ele a desejava? Será que ele era mesmo real? Será que ela o merecia?
A trama se desenrola de maneira suave e doce. Você se sente dentro de um romance cheio de suspense. E o final, bom... o final é intenso. As palavras foram escolhidas a dedo de uma maneira muito especial que me arrebatou e me emocionou de maneira única. Sempre guardarei essa história em mim como um achado de que “o amor pode acompanhar minhas lembranças para sempre como uma linda canção, repleta de saudades”.



Giovana Berbert

Para saber mais sobre o livro: http://www.skoob.com.br/livro/174523




terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sobre o nome


                O primeiro post do blog resolvi dedicar ao nome dele. Acho que foi a dúvida em ‘qual nome dar’ que me segurou tanto tempo para criar um blog. Claro que a correria do terceiro ano teve uma culpa gigante nisso também. Mas, enfim, cá estou eu com meu blog já nomeado.
                Inicialmente o nome do blog seria “liamei”, foi uma idéia da minha melhor amiga e mãe: Marília Berbert, vocês ainda vão ouvir falar muito dela por aqui. Porém o nome não estava disponível para o uso, então ficou “euliamei”.
                 Tem um duplo sentido nisso aí, porque eu não só falarei de livros, mas também das coisas que eu amo, dos meus sentimentos, pensamentos, do dia a dia, enfim, falarei de tudo um pouco. Não falarei apenas de “livros”, ok Thaís Vaz?
                 Então, aproveitando o embalo, postarei uma letra de música que me marcou muito.  Se chama “Pra sempre em meu coração”, da Cristina Mel. Essa música tem uma história interessante: minha mãe nunca foi muito de fazer homenagens públicas e muito menos de falar em público. Esse papel sempre foi do meu pai. No meu aniversário de 15 anos eu estava esperando algo muito brega do meu pai, tipo cantar aquela música do Rick e Rener que bomba em todos os bailes de debutante. Porém...  fui surpreendida! Meu pai não falou um ‘a’ no meu aniversário e minha mãe pediu a palavra e leu essa música pra mim. Eu fiquei muito surpresa e adorei.
           Três anos depois eu ainda sinto a mesma coisa que senti naquele dia. E sinto com mais profundidade, pois tudo que ela leu naquele dia, hoje faz um sentido tremendo.
Mãe, pai, irmã, irmãos que eu adotei como meus e amigos, meus grandes e bons amigos: independente de onde e quando vocês estarão sempre em meu coração!

Eu queria o tempo parar
De novo lhe fazer ninar
Crescer e mudar, não dá pra evitar
É o caminho que Deus lhe traçou
Brinquedos, gibis, violão
Espalhados por todo lugar
Um dia a poeira eu irei tirar
No silêncio de não te encontrar


Vou guardá-lo em meu coração
As lembranças jamais mudarão
Pois quando partir e saudades sentir
Estará sempre em meu coração


Os dentinhos você vai trocar
E roupas maiores usar
O seu caminhar vai para longe o levar
Pois não posso impedir seu querer
Os dedinhos que agarram minha mão
Coisas grandes eu sei que farão
Você não é meu, é um presente de Deus
E o futuro está em suas mãos


Vou guardá-lo em meu coração
As lembranças jamais mudarão
Pois quando partir e saudades sentir
Estará sempre em meu coração