terça-feira, 20 de novembro de 2012

Resenha | A guardiã da minha irmã

Na minha vida, no entanto, o prédio estava pegando fogo, uma das minhas filhas estava lá dentro... e a única oportunidade de salvá-la era mandar minha outra filha, porque ela era a única que sabia o caminho. Eu sabia que estava correndo um risco? Claro. Eu sabia que talvez isso significasse perder as duas? Sim. Eu entendia que talvez não fosse justo pedir que ela fizesse isso? Sem dúvida. Mas eu também sabia que era a única chance que eu tinha de ficar com as duas. Foi legal? Foi moral? Foi uma loucura, uma tolice, uma crueldade? Não sei. Mas sei que foi o certo.


Como resenhar um livro pelo qual eu me apaixonei? A questão aqui não é ter se apaixonado por um personagem, mas sim pela história como um todo. Como falar de um livro que mexeu comigo como jamais outro fez? Como falar de um livro que me encheu os olhos de lágrimas, embaçando assim minha visão ao lê-lo?
Essa é uma história de amor, mas um amor sublime: o amor de mãe. O amor que sabe ir até as últimas conseqüências em prol da vida de um filho, o amor que não sabe discernir se os limites da ética foram ultrapassado, apenas para tentar salvar um FILHO. O que mais me tocou foi saber que minha mãe faria tudo aquilo pelas filhas dela. Moveria o céu se fosse preciso, simplesmente pelo fato de que nos tornamos a vida dela. 
Kate viveu por cerca de três anos uma vida saudável, até que foi diagnosticada com leucemia, o que muda a vida de toda a família. Até que Sara e Brian decidem ter um outro filho, um bebê de proveta, feito sob medida, para tentar salvar a vida de Kate. Esse bebê é Anna, que desde cedo mostrou tamanha coragem para enfrentar a vida na qual ela foi “designada”.
Porém, após 13 anos de luta contra a leucemia de Kate, Sara tem de enfrentar uma luta muito maior do que talvez esteja preparada. Agora não é mais nos hospitais. É no tribunal. Reclamante: Anna. Ela está pedindo emancipação médica, ou seja, ela não quer mais que seus pais decidam sobre o que irão tirar do seu corpo. Ela quer decidir por si própria se quer ou não ajudar sua irmã. Isso foi um golpe forte demais para Sara. 
O advogado que defende Anna é Campbell, que tem uma história de amor não muito simples (afinal, qual história de amor é simples?) com a curadora ad litem Julia. Um romance que nos deixa intrigados e ao mesmo deslumbrados. Tem também o Jesse, irmão das meninas, um típico jovem deliquente que só quer adquirir a tão sonhada visibilidade, em uma família que se vê devastada por tantas necessidades conflitantes entre seus membros.
Esse livro é uma verdadeira obra de arte, uma história inesquecível e bela. Bela por si só. E acredite, você pode até ter visto o filme, mas o livro(com destaque para o fim) é simplesmente surpreendente. É uma história que levarei para sempre comigo... 
 Deixo com você o trailer do filme, no orginal "My sister's keeper" e no Brasil se chama: Uma prova de amor. A produção do filme é fantástica e os atores perfeitos (a maravilhosa Cameron Diaz e a linda Abgail). Mas eu ainda fico com o livro! 




        



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Resenha | Cem anos de solidão

     Mais uma resenha de um Prêmio Nobel da Literatura! Gente, mais uma vez eu digo: minhas resenhas são muito pessoais, e eu sou uma leitora muito novinha, então não me arrisco em críticas da obra e muito menos do autor, então, isso aqui é mais um relato de experiência na leitura do que uma resenha crítica em si. Espero que me compreendam.
   Esse livro não foi lido por indicação. Uma amiga estava indignada, pois procurou esse livro em uma livraria da nossa cidade e não o encontrou. Ela disse cobras e largatos da livraria e eu morro de rir apenas de lembrar a cena. Depois vi uma professora lendo na biblioteca, mas ainda assim nunca tive um contato. Contudo, fiquei curiosa e resolvi ler, então me aventurei, esperando uma leitura complexa e cansativa. E fui surpreendida por um autor simples, mas sofisticado e uma história muito dinâmica e intrigante. Então, olhos à leitura.

     Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez, nos põe a par da história de uma família, os Buendía, na qual eu me tornei íntima nessa semana. Eles são solitários, porém loucos! Ô família que me divertiu e assustou ao mesmo tempo, viu? Os patriarcas da família fundaram a pequena cidade de Macondo, que viu de tudo um pouco. O livro nos traz a história de um pouquinho de cada pessoa daquela família, num período de cem anos.   
     García Márquez trabalhou com excelência nessa obra, que ao mesmo tempo que nos entretém, nos faz refletir sobre o ser humano e sua essência. Nós corremos atrás de tanta coisa na vida, buscamos com unhas e dentes os nossos objetivos e nos cansamos na labuta diária, mas, e no final? O que fica? A ESSÊNCIA. Engraçado, como só agora, escrevendo essa resenha, me veio à mente a semelhança com o livro do cânon bíblico, o Eclesiastes. De uma maneira muito sutil, García Márquez nos faz perceber que tudo é um "correr atrás do vento". É lógico que devemos sim buscar os nossos sonhos e batalhar por aquilo que achamos certo, mas é errado se gastar por inteiro nessa jornada quase insana que é a vida. Creio que devemos nos preocupar com o que realmente somos, não o que nós temos. Que coisa piegas e batida! Mas é a verdade meu caro leitor. Nos preocupamos tanto em ter, ter, ter, que acabamos por nos esquecer do que estamos nos tornando. E a essência? De acordo com o dicionário eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa um dos significados de essência é: "aquilo que é o mais básico, o mais central, a mais importante característica de um ser ou de algo". Qual é a sua característica mais importante? Será que você está perdendo-a? A troco de quê?
     Gostei realmente do livro, e apesar de me perguntar: "Por que eu demorei tanto a lê-lo?", eu tenho a convicção de que o momento da leitura foi propício, e provavelmente o será futuramente, pois nunca lemos o mesmo livro duas vezes, as novas experiências são adquiridas e com elas vem um novo olhar sobre as coisas, principalmente sobre a literatura. 
     Indico o livro, tanto para uma leitura relaxante quanto para uma leitura reflexiva, pois mesmo inconscientemente você fará os dois. Gabriel García Márquez, o meu muitíssimo obrigada por esse achado da literatura mundia, você foi presenteado com um dom e soube usá-lo de maneira louvável! Os meus sinceros agradecimentos!



domingo, 18 de novembro de 2012

Resenha | O velho e o mar


"- Gostaria de ter uma pedra para afiar a faca - disse o velho depois de examinar os nós da ponta do remo. - Devia ter trazido uma pedra, "Sim, você devia ter trazido muitas coisas", pensou. "Mas não as trouxe, velho. Agora não é o momento de pensar naquilo que você não tem. Pense antes no que pode fazer com aquilo que tem.""

  Quanto tempo! Saudades de escrever no blog, então, para recompensar, volto com um clássico ganhador do Prêmio Nobel da Literatura em 1954: O velho e o mar de Ernest Hemingway. 
 Comecei a lê-lo por mera curiosidade devido ao meu professor de Teoria da Literatura. Ele comentou sobre o livro em sala, nos colocou no contexto, mas não contou o desfecho. Aproveitei essas férias, com cara de recesso, e coloquei minha leitura em dia. Bom, chega de conversa, vamos à resenha.
 O livro narra a história de um velho pescador chamado Santiago, que, após vários dias sem nada conseguir pescar, resolve se aventurar no largo mar e tentar pescar algo grande, que traga para ele, além do dinheiro, sua reputação de excelente pescador.
A partir do momento que a linha é puxada a história vai se desenrolando na luta de Santiago com um peixe espadarte de tamanho descomunal, de quase 500 quilos. O pescador tem que investir toda a sua força física e acima de tudo espiritual nessa luta que se estende por dias, até que apenas um sai vencedor: ou o velho, ou o peixe.
Santiago está em um lugar onde se sente habituado: o mar. Ali é seu lar, tanto é que ele trata os animais marinhos como seus irmãos. Ele não demonstra, em momento algum, ódio pelo peixe, muito pelo contrário, demonstra um amor muito grande, em suas palavras, mas sabe que precisa matá-lo. Achei esse traço do personagem muitíssimo interessante, e tocou-me muito.
O livro não é emocionante ou agitado. Ele é monótono. Como o mar. Mas, conseguimos de uma maneira muito intrigante penetrar no consciente de Santiago e “sentir” a situação na pele. Sentimos-nos sozinhos, como Santiago, e é curioso pensar que em algum ponto da vida teremos (se é que já não temos) as mesmas indagações que ele e nos perguntaremos: será que eu não fui longe demais? 

  

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Filme | Minha vida


Não posto apenas resenhas literárias aqui, posto também coisas que eu amei. E eu amei esse filme, ele realmente mexeu comigo. Ele é de 1993, mas parece se encaixar perfeitamente no mundo atual. Ouvi sobre ele em um podcast (O que é isso?) dos irmãos.com que falava sobre filmes que marcaram a vida dos podcasters, e alguém acabou por citar esse filme, me interessei, um amigo baixou para mim e o assisti.
O filme é sobre um homem, um relações públicas, ele é bem sucedido financeiramente e tem uma esposa linda e grávida (Nicole Kidman). Mas ele está com câncer no pulmão e isso vai matá-lo em poucos meses. Então ele decide gravar vários vídeos para o seu filho, onde ensina das coisas mais simples, como se barbear, até as coisas mais profundas, como o que ele pensa caso a sua esposa queira se casar novamente.
O que mais me tocou foi o paradoxo que o protagonista se meteu: só quando soube que a morte estava perto demais ele começou a realmente viver. Ele procurou resolver as mágoas do passado, vencer os medos, perdoar e buscar o perdão.
Pode até ser clichê, mas é uma lição de vida. É um filme que vale à pena assistir e chorar muito. Recomendadíssimo!
Segue o trailer do filme, está em inglês mas serve para se ter uma ideia: 

domingo, 2 de setembro de 2012

Resenha | A esperança - Jogos Vorazes


"Eu mesma tenho fogo suficiente. Necessito é do dente-de-leão na primavera. Do amarelo vívido que significa renascimento em vez de destruição. Da promessa de que a vida pode prosseguir, independente do quão insuportáveis foram nossas perdas.”

O livro “A Esperança” é o último livro da trilogia “Jogos vorazes”. É recomendável ler os dois primeiros livros, primeiro porque eles são ótimos e segundo para a resenha ser compreendida totalmente. Então, vamos ao “melhor dos três livros”, segundo a Publishers Weekly.
Agora as coisas começam a caminhar para a solução dos problemas dos distritos. Mas parece que esse fim não é tão bom quanto todos esperavam. Vamos nos inteirar dos fatos: o 13º distrito não foi destruído, e sim fez um “acordo” com a Capital; Peeta está sob custódia da Capital; o 12º distrito foi destruído. E agora, Katniss? O que você fará da sua vida? Você será o tordo!


Título original: Mockingjay
Autor (a): Suzanne Collins
Editora: Rocco
Páginas: 419
Para ler a sinopse clique aqui.

No último livro temos a mesma Katniss dos outros dois livros, porém um pouco mais “madura”, se podemos dizer assim. Afinal, ela sobreviveu a duas edições dos “Jogos Vorazes” e conseguiu levantar uma multidão na luta contra a opressão da Capital(embora sem saber). Mas, ela não fazia ideia do que estava fazendo, ela não sabia que estava liderando um levante contra a Capital e muito menos que era um símbolo da Revolução.
Katniss precisa decidir se assume ou não esse posto. Ela será o tordo? Ela manterá o povo firme na luta contra a Capital ou ela escolherá manter os que ela ama em uma suposta “segurança”? Ela manterá acessa a chama da Esperança? São essas respostas que te aguardam no último livro da trilogia.
Gostei muito desse último livro. O desfecho dele não vai ser lindinho, com um final feliz para todos. Uma guerra costuma deixar marcas, algumas marcas profundas demais para o tempo apagar. Apesar de ser um livro de ficção, ele coloca uma realidade na história. Você pode até não chorar, como eu, mas vai se emocionar e duvido muito que esquecerá essa história. Surpreendente! 

Resenha | Em chamas - Jogos Vorazes



“No aniversário de setenta e cinco anos, para que os rebeldes não se esqueçam que até mesmo o mais forte dentre eles não pode superar o poder da Capital, o tributo masculino e o tributo feminino serão coletados a partir do rol de vitoriosos vivos.
[...]
Vou voltar para a arena."  

Bom, para começarmos bem essa resenha seria interessante o leitor já ter lido o primeiro livro da Trilogia dos “Jogos Vorazes”.
No segundo livro da trilogia nós nos deparamos com uma Katniss dividida entre Peeta (o menino do pão) e Gale, seu tão fiel amigo. Eu já estava começando a fica chateada com o livro, porque o que mais me chama atenção na trilogia é a luta contra a Capital, mas aí o presidente Snow dá o ar da graça e coloca um pouco de ação, ele ameaça Katniss a provar para toda Panem que o seu romance com Peeta é realmente real e não um ato de desafio contra a Capital!

Título original: Catching fire
Autor(a): Suzanne Collins
Editora: Rocco
Páginas: 413
Para ler a sinopse clique    aqui.


Katniss ainda não sabe, mas ela virou um símbolo da luta contra a capital em alguns distritos. Isso acabou fazendo dela uma ameaça perigossissima contra a Capital.
O que torna o livro ótimo também e é a segunda metade do “Em chamas” é o Massacre Quartenário.
O Massacre Quartenário é uma edição especial dos Jogos Vorazes feita a cada 25 anos. Essa é a terceira edição, sendo que cada edição traz uma “surpresinha” para os tributos. Dessa vez os tributos serão os vitoriosos das edições passadas... Katniss não gostou nem um pouquinho disso, posto que ela é o único tributo feminino do distrito dela. Será que Katniss Everdeen sairá viva mais uma vez dos Jogos Vorazes?
Então galera, o livro é realmente bom. Claro que eu preferi o primeiro, mas o segundo não deixou a desejar. Eu gosto muito da trilogia dos “Jogos vorazes”. Apesar de ser um livro infanto/juvenil eu não o considero um. O que me prendeu nos livros foi a luta contra a Capital, contra essa certa Ditadura. Claro que o livro tem seu triângulo amoroso entre Peeta, Katniss e Gale, mas ele é apenas um detalhe em meio ao enredo.
Ah, e não posso me esquecer, o tipo da narração é um dos meus preferidos: em primeira pessoa. Isso muda totalmente a sua forma de enxergar a história. Você não sabe o que se passa na cabeça dos outros personagens, só da Katniss, e garanto que isso dá uma adrenalina gostosa à história. 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Resenha | O menino do pijama listrado


“’Por que há tantas pessoas do seu lado da cerca?’, perguntou ele. ‘E o que vocês estão fazendo aí?’”

Você já pensou em ter a história da Segunda Guerra Mundial narrada por um menino de nove anos, filho de um comandante nazista, que não tem ideia do que ocorre do outro lado da cerca? É isso que te aguarda em “O menino do pijama listrado”.

Bruno, o “jovem rapaz”, percebe que sua vida começa a mudar depois de uma visita muito importante do, “Fúria” e da mulher loira em sua casa. Ele precisa mudar de casa, da tão querida casa em Berlim, e ir para uma casa não tão querida e nem bonita no campo.


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoWT2rgKwfVd84AhXNjhptKMixUjwSAPVge7l2Dc844x7u5Gxj-kr9ZlzR_kCUi-B5IVqVUD5re0b_6Fn9m0toMCSzf94Y_23Kw0Wm_l9PAdumxKdsSRJ7pbBSK-5q_d0YbLCCAy-aWDnE/s320/o-menino-pijama-listrado.jpg
Título Original: The boy in the   triped pyjamas : a fable
Autor: John Boyne

Editora: Cia. das Letras

Páginas: 186

Para ler a sinopse clique aqui.

Lá ele não tem amigos e nem com quem se divertir, mas acaba encontrando algo que desperta seu interesse, e nos mostra que é possível nascer uma amizade nas circunstâncias mais inusitadas e com as pessoas mais surpreendentes.

O livro foi escrito por John Boyne em apenas dois dias e meio. E o livro pode ser lido nesse período de tempo também, posto que a leitura se dá de uma maneira muito leve e curiosa. Você se vê imerso no mundinho de um garoto de nove anos que está passando por um dos períodos mais turbulentos da História e nem mesmo se dá conta disso (ou eles não dão conta disso a ele). O narrador é em 3ª pessoa e ele sabe tudo o que Bruno pensa, por isso meu professor de Teoria da Literatura o chama (estranhamente?) dé  narrador com.

Eu tenho uma certa simpatia pela literatura da 2ª Guerra Mundial, embora isso não seja um tanto quanto saudável. Mas “O menino do pijama listrado” superou minhas expectativas e foi delicioso relê-lo. Reler uma história de amizade em meio ao caos.
Ah, e a capa do livro é uma delícia! 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Resenha | Jogos vorazes


“Que a sorte esteja sempre a seu favor”

Minha história com a trilogia dos Jogos vorazes não poderia ser definida como amor a primeira vista. Na verdade nem tinha muita ciência da existência dessa trilogia, então minha mãe apareceu com o filme lá em casa e disse que era uma espécie de reality show onde os jovens tinham que se matar até restar um vencedor, e que a protagonista tinha se oferecido para entrar no lugar da sua irmã. Apenas isto instigou minha curiosidade e do resto eu fui atrás. Após ler a sinopse eu cheguei a uma conclusão: precisava urgentemente ler esses livros. E foi o que eu fiz.
 
Título original: The hunger games
Autor(a): Suzanne Collins
Lançamento: Junho de 2010
Editora: Rocco 
Para ler a sinopse clique aqui.
 
Jogos Vorazes nos insere no contexto da história: o país é Panem (onde se situava a América do Norte), um lugar pós-apocaliptico, que é divido em doze distritos e governado por uma cidade tecnologicamente avançada que é abastecida por produções diferenciadas de cada distrito, chamada Capital. Ano após ano são realizados os Jogos Vorazes, uma espécie de reality show onde cada distrito manda um casal de adolescentes (tributos), entre 12 e 18 anos, para disputar em uma arena até a morte, o último sobrevivente é o vitorioso. Os Jogos servem para “lembrar” a cada distrito que eles estão sob o jugo da Capital e só os resta obedecê-la.
Na septuagésima quarta edição dos Jogos o tributo feminino do distrito 12 é a pequena Prim. Sua irmã, Katniss, não suporta a ideia de ver sua irmã lutando nos Jogos e se oferece em seu lugar. É aí que a situação começa a complicar. Katniss não é apenas uma garota de 16 anos, mas sim uma sobrevivente nata que desde cedo luta com unhas e dentes pela sua sobrevivência e de sua família.
 O primeiro livro da trilogia é muito sangrento e tem cenas fortes, além de ser uma leitura muito intensa, onde cada capítulo termina de uma forma que você sente uma necessidade gritante de ler o próximo. É cheio de energia, ação e até mesmo um romance. Eu recomendo muito o livro e já que eu vi o filme após ler o livro, eu posso dizer: não assista ao filme. Ele meio que estraga a magia do livro. Um amigo me disse que os produtores do filme deveriam consultar os fãs antes de produzir o filme. Concordo muito com ele. Afinal, detalhes que muitas vezes passam despercebidos aos olhos dos produtores acabam sendo de suma importância aos leitores.
Leia Jogos Vorazes, principalmente se estiver precisando de um pouquinho de ação no seu final de semana. E, acredite, você não vai conseguir deixar de pensar no que pode acontecer nas próximas páginas.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Resenha | Ensaio sobre a cegueira


"A cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança."

Para início de conversar quero deixar claro que não ousarei fazer uma resenha minuciosa a respeito da obra do vencedor do prêmio Nobel, José Saramago. Falarei da minha primeira experiência com esse grande autor que usa a pontuação como bem entende e faz isso de maneira admirável. Mas, antes de falar sobre a sua maneira “peculiar” de escrever, quero falar um pouquinho sobre o que achei da obra “Ensaio sobre a cegueira”.

O romance começa em um cenário normal. Um homem normal, dentro de um carro normal, com uma vida normal é acometido por uma cegueira anormal. De repente o mundo dele fica branco, como se estivesse mergulhado em “um mar de leite”. Ele se desespera e é socorrido por um pedestre que oferece ajuda. O homem o leva em casa, mas acaba por roubar seu carro. E acaba por ficar cego após certoperíodo de tempo. E quanto mais o tempo passa, mais pessoas são alcançadas pelo “mal branco”. O governo resolve usar uma medida energética e coloca, tanto os cegos, como as pessoas que tiveram contato com os cegos, em quarentena. Mas a mulher do oftalmologista se finge de cega e vai para a quarentena com seu marido, e inexplicavelmente ela não fica cega durante toda a trama. E lá se desenrola uma história de tirar o fôlego. Pelo menos o meu fôlego o Saramago conseguiu tirar.

A trama se desenvolve de uma maneira direta, o narrador se relaciona com o leitor e nós sentimos a agonia de estar em uma terra de cegos e não se sentir, nem de longe, o rei.  Parece que, por mais que queira falar sobre como me senti ao ler o livro, eu não consigo ter sucesso. É angustiante, intrigante, revoltante e irresistível. E, acredite, é quase impossível esquecer essa história. Ela trabalha muito o social, mostra que o mal, assim como o bem, está dentro de todo ser humano independente do estado dos seus sentidos. Esse romance fala sobre a ética, sobre a falta e a presença da humanidade, fala sobre a solidariedade, o afeto. Acho que não é novidade nenhuma dizer que Saramago foi impressionante e trouxe uma realidade assombrosa.



     Queria só pincelar sobre a maneira como José Saramago escreve. Assustou-me muito, de início, um Nobel escrever usando apenas ponto (.) e vírgula. Muitas pessoas se perdem nessa maneira Saramago de escrever. Mas a obra é tão envolvente que você acaba por se acostumar e até mesmo apreciar. Então, resolvi dar uma pesquisada antes de postar algo, e acho que não há ninguém melhor para explicar sua maneira de escrever do que o próprio Saramago. Aqui está um trecho do que ele disse em uma de suas entrevistas, no ano de 2004 numa entrevista ao semanário Expresso: “Era como se eu lhes tivesse a contar a eles a história que eles me tinham contado. E, como você sabe, quando falamos, não usamos sinais de pontuação. Temos pausas [de respiração] e até, como eu digo nos meus livros, os dois únicos sinais de pontuação, o ponto e a vírgula, não são sinais de pontuação, são uma pausa, uma pausa breve e uma pausa longa. No fundo, como também digo muitas vezes, falar é fazer música”.

Para saber mais sobre a escrita de Saramago clique aqui.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Resenha | Quem tem medo de escuro?


“Todo mundo fala do clima, mas ninguém faz nada a respeito”.

Falar da literatura do Sidney Sheldon é uma tarefa bem complicada, porque ele é simplesmente fantástico! Escreve de uma maneira que te prende e te incita a ler mais, sempre mais. Com esse livro não foi diferente, ele me manteve vidrada e eu li todo o livro em menos de 24 horas, ou seja, o livro é mais que bom. É uma obra prima.
       O livro trabalha com a questão climática mundial. A trama se dá em razão da frase, um tanto quanto clichê, mas que Sheldon soube tratar com brilho: “Todo mundo fala do clima, mas ninguém faz nada a respeito”. 
Sinopse completa do livro: Quatro pessoas morrem em circunstâncias diferentes em Nova York, Denver, Berlim e Paris. Entre elas, uma ligação: todas trabalhavam para a KIG, Kingsley International Group...   
A trama se inicia com várias mortes. Em Berlim uma mulher morre em plena luz do dia. Em Paris um homem pula da torre Eiffel. Em Denver um avião explode contra uma montanha. Em Nova York um corpo é encontrado às margens de um rio. A única ligação entre essas mortes é a empresa KIG, a qual eles trabalhavam.
       As viúvas de duas vítimas vêem os seus destinos entrelaçados quando decidem descobrir a autoria dos crimes e passam por situações eletrizantes. Durante o desenrolar da história outros personagens surgem e junto com eles uma empolgação surpreendente vinda do leitor, que consegue se sentir inserido da história.
       Sidney Sheldon me marcou novamente com uma história cheia de vida e trouxe à tona um tema social que tem a ver com todos nós. Mais uma vez me curvo de admiração diante de um homem que sabe escrever e sabe me envolver.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

É impossível

Eu li esse livro há uns 8 anos aproximadamente. E esse trecho me marcou profundamente, e para os amantes da literatura essa frase é uma verdade absoluta!

"É impossível fingir que está lendo um livro. Seus olhos irão traí-lo. Assim como sua respiração. Uma pessoa fascinada por um livro simplesmente se esquece de respirar. A casa pode pegar fogo, e o leitor mergulhado num livro só erguerá os olhos quando o papel de parede estiver em chamas." O Sr. Pip - Lloyd Jones